Home Resenhas de séries [Séries] She-ra and Princess Of Power – Season Finale
[Séries] She-ra and Princess Of Power – Season Finale
desconexao leitura maio 16, 2020 0
Ontem
chegou a tão esperada última temporada de She-ra
and Princess Of Power e como eu não durmo no ponto já maratonei a série
todinha, confesso que não tive tempo o suficiente para digerir tudo. A série
por si só é uma obra é arte, tudo que você conheceu sobre o antigo seriado de
TV pode tirar da sua cabeça, a nova versão funciona de um modo independente.
Apenas o lugar e os personagens continuam os “mesmos”, isso porque eles também
ganharam uma repaginada, dando muito mais diversidade à série com personagens
negros, LGBTS e todos os tipos de corpos. Isso já fez a série começar com tudo.
She-ra
and Princess Of Power é uma
série extremamente necessária, mas que sofreu muito com o boicote dos grupos
mais antigos e conservadores com críticas relacionadas às roupas menos sensuais
(aff), os corpos que correspondem às idades, o novo enredo, a diversidade. Tudo
foi motivo pra deslegitimar a história desenvolvida por Noelle Stevenson (uma escritora incrível e com várias obras
disponíveis). Toda essa repercussão negativa afastou um pouco as pessoas, mas
aqueles que não se deixaram levar acompanharam uma jornada em constante
expansão, faltam-me palavras para descrever tamanha perfeição.
Nessa
nova versão, temos de tudo um pouco e apesar dos poucos episódios por temporada
as emoções são trabalhadas em uma profundidade absurda. Primeiro vemos uma
tensão entre a personagem principal, Adora, e Catra/Felina que perdura todas as
temporadas, somada à descoberta de Adora em ser She-ra o que a faz se afastar da Horda, onde até então era seu
lugar seguro e se juntar a Rebelião. Com essa ruptura, temos uma guerra travada
entre esses dois, a ponto de suas batalhas crescem num nível intergaláctico
(sem exagero), e nesse meio hostil florescem muitas amizades. Pra completar,
nesse momento é aberto um leque de informações sobre o planeta que os Eterianos
vivem e qual sua ligação com a She-ra. Assim temos cinco temporadas muito bem
desenvolvidas, com uma crescente de personagens excelente, que nos envolvem e
amarram em um mar de sentimentos confusos sobre o amor, a ciência, a manipulação
extrema de fatos e muito muito poder.
Tudo
é politico nessa série e nem precisamos nos forçar pra enxergar o além: A Horda
com sua ditadura e repressão, usa o poder e as armas para conquistar o domínio
de Etéria. O mestre da Horda que chega com seu exército completamente fascista,
onde seus clones julgam o mestre como um Deus, “tudo nele é perfeito, o mestre
não erra”, assim todos pensam. Os clones são sua imagem e semelhança e se
alguém destoa desse padrão é imediatamente reiniciado (qualquer semelhança com
a realidade é mera coincidência, ou não). E por fim, mas não menos importante,
temos a Rebelião das Princesas. Como o próprio nome já diz, as Princesas se
rebelam contra as decisões e investidas da Horda, suas líderes são extremamente
fortes e suas características de personalidades bem trabalhadas e desenvolvidas,
sendo assim elas lutam dia e noite pela justiça, defendem em conjunto cidades e
impérios dos constantes ataques da Horda e procuram sempre se ajudar nas
dificuldades. Com seus poderes, protegem os cidadãos de um governo nada
democrático. No decorrer da série vemos sua força crescer e agregar até os mais
improváveis participantes.
Nessa
última temporada que teve sua estreia ontem, vemos mais que nunca o embate
desses poderes: Finalmente vemos o Mestre da Horda em ação, se comportando como
um verdadeiro exterminador, encurralando o planeta e nos dando os momentos mais
tensos e angustiantes. Foi uma temporada que superou às expectativas, fechou
com êxito todos os parênteses abertos anteriormente, culminando em situações
inimagináveis. Adora está muito mais madura, enfrentando aqueles que a
manipularam, persistente e quando tudo parece perdido, ela sempre acha uma
saída. Companheira como sempre, nunca abandona aqueles que ela ama e isso, meus
caros, vai ser crucial pra todo o desfecho.
Perdi
o fôlego diversas vezes e chorei como uma criança quando fui surpreendida por
alguns fatos, que não devo mencionar rs. Tudo me marcou nessa série, mas o que
mais ficou gravado no meu coração foi logo no primeiro episódio, assim que vi a
Felina me identifiquei, magrinha, baixinha, não branca, eu quase chorei de
felicidade, ainda por cima uma gatinha (amo gatos) representatividade importa
demais e como é necessário personagens para nos enxergamos nas produções.
Obrigada Netflix, obrigada Noelle
Stevenson e muito, muito obrigada a Jade
Bastos que me recomendou esse ícone de série, inclusive me encontro emocionada
escrevendo esse texto. E essa é mais uma dica maravilhosa pra quarentena, tudo
o que eu queria falar não vai caber aqui. Então encerro com a música Warriors,
tema-abertura da série, que foi regravada de um modo magnífico para o grande
final e me acompanhou em cada parágrafo:
Até
logo meus Rebeldes!
Larissa Costa
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