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[Crítica Musical] Track-by-Track: 'Chromatica' de Lady Gaga
desconexao leitura maio 29, 2020 0
Hey, desconectados! Eu sou Taú e hoje apresento a
vocês mais uma crítica faixa por faixa, hoje do novíssimo álbum da Lady Gaga, o
‘Chromatica’. Boa leitura a todos os little monsters!
Lady Gaga inicia seu álbum com um interlúdio
instrumental com trompete, violino, que trazem uma vibe lúdica e nos preparam
para o que está por vir.
“Alice” fala sobre querer ficar num mundo fantástico e
se esconder do real, acredito que com substâncias químicas, mas isto não está
claro na letra. A sonoridade é uma disco, porém não tão distante do tempo em
que vivemos - tendo em vista que este disco é todo conceituado nos anos 70/80,
é bem um eletrônico próximo do David Guetta, que vai crescendo na ponte e
explode no refrão. Gosto muito de como a voz de Gaga se põe nesta faixa pois este
disco tem muitas canções carregadas de auto-tune proposital para ficar mais
robotizado e seguir o conceito do álbum, porém não percebi nesta muito auto-tune.
O debut deste álbum é uma canção que retrata um amor
estúpido, que não vale à penaa, porém Lady Gaga o quer, pois tudo que ela
sempre quis foi algum amor e este já é alguma coisa. A sonoridade permeia por
uma batida que parece ser de videogame, além de batidas eletrônicas dos anos
80, nos dá aquela sensação de já termos ouvido antes, mas ao mesmo tempo tem
uma coisa futurística que faz uma mistura deliciosa. Gosto muito desta faixa,
por ser alegre e de como ela foi trabalhada tão bem para ser o fatídico retorno
de Gaga para a música.
A canção que está no topo das paradas fala sobre ter
enfrentado problemas e continuar os enfrentando e os superando. Esta é uma das
minhas favoritas do álbum por ser sem dúvidas uma das mais comerciais dele. A
batida é eletrônica e completamente contagiante, dá vontade de dançar muito; e
falando nisso, o clipe tem uma coreografia muito bela e difícil de pegar. Os
high notes de Gaga e de Ariana aqui são exímios.
“Free Woman” fala sobre se sentir satisfeita consigo
mesma e conseguir ter uma função própria mesmo sem ter um homem. A batida me
lembra ‘The Chainsmokers’, não é algo muito anos 80 porém acredito que
preencheu a música com êxito. Não curti muito a linha melódica, acredito que ficou
fora do tempo da música algumas vezes.
A diva empoderada fala aqui sobre estar farta de um relacionamento
abusivo e mandar ele vazar. A sonoridade é mais lenta, continua no eletrônico
com uma batida diferentona do qual eu gostei muito, completamente diferente do
que viemos ouvindo até aqui. Gosto de como a cantora aborda esses assunto, com
seriedade e de uma forma direta, sem rodeios.
Interlúdio para a canção seguinte. Elementos
sinfônicos para dar emoção de uma maneira crescente são presentes aqui.
Essa música fala sobre
estar presa em sua tristeza e solidão e que seria preciso ligar para a
polícia para puni-la de cometer este crime consigo. A música é completamente
robotizada! A voz de Gaga parece aqueles toques de telefone antigo e acompanha
a batida da música que é muito eletrônica de um bom tempo atrás.
Aqui, Lady Gaga
se mostra confiante de si, dizendo que não é uma boneca de plástico feita para
os homens brincarem com ela. A sonoridade me remete à ‘Starboy’ do The Weeknd,.
A linha melódica é muito boa e as onomatopeias complementam a canção.
“Sour Candy” fala sobre alguém que é duro por fora mas
mole por dentro, um doce azedinho. A batida é uma das melhores do disco, com
muitos elementos do vogue e uma interpretação pesada do grupo Blackpink, essa
música ficou perfeita e também é uma das minhas favoritas desta álbum, até
porque eu não ia nem entender se não tivesse um vogue pras bixas sensualizarem
na balada.
Esta faixa fala sobre ser o enigma de um homem, ser
misteriosa e ir descobrindo as coisas e se envolvendo com ele enquanto o
conhece e vice-versa. A batida me lembra muito “Sexy Dirty Love” da Demi Lovato,
justamente pelos gritos no refrão e a batida logo em seguida, amo musicas que
mostram vocais pesados e tem uma batida dançante.
A canção fala sobre gatilhos, alguém que a fazia mal,
hoje a deixou com traumas e ela está confusa. Essa pessoa detém todo o controle
sobre ela. A sonoridade é divina, amo a linha melódica demais, e ela canta como
se fosse uma canção de halooween, com o drama que a faixa pede. Amei muito.
Este é mais um interlúdio para a canção seguinte, com instrumentos
de sopro e violino que trazem muita emoção.
Esta fala sobre
aquele momento que todos tem de não saber muito bem qual o seu papel no mundo
até que recebe um sinal lá de cima dizendo que nasceu para brilhar. Não gostei
muito da sonoridade, achei batida e requentada. A letra me comove e acredito
que ela deveria ter sido empregada em outra batida que combinasse melhor.
Fala sobre como
o amor deve ser e que em um momento difícil passado, sóo amor correspondido
pode libertá-la como mil pombas. A batida é boa, mas também nada demais, Lady
Gaga também não explora diferentemente sua voz nesta faixa como fez nas outras.
A faixa que encerra esse álbum fala sobre aproveitar o
tempo que se tem com a pessoa que quiser e arrasar na noite, fazer negócios, fofoca
e tudo de divertido. Esta é a música mais disco de todo o disco, traz a
presença dos reverberadores bem aflorados, a batida disco marcante e os instrumentos
de sopro que combinaram muito. Creio que o tempero desta música é ela ser muito
dançante e a interpretação de Gaga ser mais dura – é um contraste em tanto,
além dos backing vocals que deram outra cara para a música.
Considerações Finais:
‘Chromatica’ é um disco que tem uma linguagem lúdica e
direta, falando sobre dois eixos com assuntos importantes de ser tocados, o
primeiro eixo sobre o que devemos nos questionar sobre: se contentar com pouco
amor, relacionamentos tóxicos, se sentir um lixo, não se reconhecer. No outro
eixo seria sobre o que devemos aprender: a superar os problemas, se jogar em
algo que tem muita vontade, saber seu lugar no mundo e ser autossuficiente. A
sonoridade marca a balada disco dance, eletrônica e o vogue que permeia em
muitas faixas. Acredito que Gaga entregou tudo o que prometia quando comparo
esses dois eixos com o conceito de “chromatica” que é uma mistura do velho com
o futurístico.
Texto: Taú
Compositor, escritor e técnico de negócios
Instagram: @tauoficial_
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