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[Crítica] Midsommar – O Mal Não Espera a Noite
desconexao leitura setembro 17, 2019 0
Midsommar:
Não crie expectativas e assim você terá um dos melhores filmes do ano.
Essa
semana teremos a estreia em território brasileiro de Midsommar: O Mal Não
Espera a Noite, novo filme do diretor Ari Aster.
Midsommar
narra a história de um grupo de antropólogos que vão a uma viagem até a Suécia,
onde ele pretendem fazer uma pesquisa de campo em um festival local, porém o
que eles não esperavam era que esse festival tinha tão obscuros e cruéis
costumes.
Apesar
de na sinopse ter o destaque para o grupo de antropólogos, a protagonista é
Dani, interpretado por Florence Pugh, que é responsável por quase todo o
desenrolar do filme.
Preciso
assumir que saí da sessão um tanto quanto decepcionado, porém depois percebi
que a culpa por isso era minha, eu criei uma expectativa muito grande nisso,
por causa do filme anterior do Ari Aster, Hereditário, que sem dúvidas foi um
dos melhores filmes do ano passado e então eu estava esperando algo numa vibe
parecida com Hereditário, porém foi algo bem diferente e isso não foi ruim, mas
demorei para aceitar.
A
direção e roteiro do Ari Aster são tão grandiosos, é algo que chega a ser
surreal, a forma como ele constrói tudo, a narrativa, a história, é de uma
delicadeza incrível, uma atenção aos detalhes, é chocante, principalmente algo
desse nível sair da cabeça desse homem, é realmente maravilhoso.
A
produção do filme é certeira naquilo que se propõe, é um filme que vai te
deixar mal, que te vai te fazer sentir vontade de vomitar, que vai te perturbar
um pouco, e a produção e toda a construção coopera pra isso, é quase uma real
imersão naquilo.
Visualmente,
o filme é impecável, figurinos, maquiagem, cenário, a fotografia do incrível e
maravilhoso Pawel Pogorzelski é de tirar o fôlego, além de que o filme é muito
colorido, é muito vivo, tanto que poucas cenas se passam de noite, essa é uma
ótima sacada, pois a gente tá acostumado a ver coisas ruins acontecerem de
noite nos filmes, já em Midsommar é diferente, as mortes mais chocantes
possíveis acontecem na luz do dia e na maior tranquilidade possível.
Um
pequeno destaque para a pequena abertura do filme, onde temos essa imagem:
E
nesses pequenos segundos que isso aparece pode parecer extremamente bobo, mas
essa imagem conta todo o enredo do filme, o nível de genialidade de Aster é
impressionante.
E
por último, mas não menos importante, o elenco, mas dessa vez eu preciso fazer
isso, por mais que todos estejam ótimos em seus papéis, eu necessito dar o
destaque desse momento para Florence Pugh, o que essa mulher fez nesse filme,
eu posso chamar de perfeição, sem medo nenhum. Todo o filme é como uma jornada
de recuperação de Dani, a personagem de Florence e você isso dá forma mais
clara do mundo na atuação de Florence Pugh, a dor, o luto, o desespero, o
desapontamento, o medo, o alívio, a cena final é um ato grandioso e Florence
está em destaque e é lindo. Florence é a atuação feminina mais forte que eu vi
esse ano, seja cinema ou TV, se o mundo for justo ela levará todos os prêmios possíveis.
Midsommar
não é um Hereditário 2.0, e se você for ao cinema na esperança de que seja,
você sairá muito frustrado, não é melhor que Hereditário (pelo menos em minha
opinião), mas não é pior, está no mesmo nível, Ari emplacou dois sucessos por 2
anos seguidos, aclamados pela crítica e pelo público, Hereditário infelizmente
foi esnobado, mas ver o que acontecerá com Midsommar. Perturbador, Agoniante e
Forte são as palavras que eu usaria para descrever Midsommar.
Escrito
por Daniel Gomes.
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