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[Resenhas] Como Dizer Adeus em Robô de Natalie Standiford
desconexao leitura julho 15, 2019 1
Publicado pela primeira
vez em 2009 pela editora Galera, Como
Dizer Adeus em Robô, de Natalie Standiford é um não romance adolescente bem
excêntrico, que ainda assim consegue ser cheio de clichês de personagens tão
únicos que sem dúvida não são reais, mas que com certeza poderiam vir a ser, e são
no universo criado pela autora.
Em uma narrativa leve e
de fácil entendimento a personagem principal, Beatrice, se muda mais uma vez de
cidade, agora para terminar seu último ano letivo do ensino médio, porém o que
faz de Beatrice a personagem principal dessa história é o fato de ela não ter
coração, e de como sem querer ela o encontra dentro de si ao fazer amizade com
um ‘menino fantasma’, Jonah (que de fantasma nada tem). Já que ele é apenas
apelidado assim de maneira maldosa por sua aparência pálida e comportamento
distante.
O corpo do livro de
mais de trezentas páginas segue tão excêntrico quanto as primeiras páginas
prometem, com acontecimentos inesperados e engraçados, o melhor desses eventos
sendo uma constante: o programa de rádio, Night Light Show, que Jonah recomenda
a Beatrice, depois de ver no seu armário um adesivo de um outro programa de
rádio que ela ouvia em Itacha. O programa de rádio conta com certamente as
pessoas mais diferentes de Baltimore unidas para conversar, se fazer companhia
e se alegrar apenas ouvindo umas as outras naquela frequência já tarde da
noite.
Mesmo não tendo coração
e por tanto sendo um robô, Beatrice passa pela maioria das experiências que a
maioria de nós já viu em filmes adolescentes americanos, festas, um capitão de
time apaixonante, professores esquisitos e o tradicional baile de formatura.
Com a exceção de que por ser amiga -definição que apenas já ao fim do livro ela
aceita, já que eles se viam mais que amigos, mas não namorados no entanto- do
menino fantasma Beatrice passa por essas experiências de maneira incomum,
inclusive fazendo parte de experiências que não compõem esse clichê, como
tentar ajudar o irmão de Jonah a escapar do sanatório ou ir a um almoço de
Natal para conhecer os ouvintes assíduos do Night Light Show.
O fim do livro é um
tipo de fuga de clichê bem construída, já que de alguma maneira quando é lido o
final parece certo, como se antes de ler já tivesse sido posto para nós em
nossas mentes por mensagens quase subliminares ao longo da história. Não posso
deixar de dizer que não só o fim, mas como a tamanha unicidade dos personagens
tem um quê de John Green, mas para a sorte, ou talento da autora ela consegue
fugir do que John muitas vezes não consegue: um fim decepcionante para uma
história tão esquisitamente boa.
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(
Atom
)
Oi, tudo bem? Não conhecia o livro mas achei a premissa bem interessante principalmente pelo tema central. As vezes os autores trazem histórias que sentimos saber tudo o que vai acontecer desde o início, é como se fosse um dejá vu. Mas amo quando somos surpreendidos e o desfecho é completamente diferente da nossa expectativa. Gostei muito da resenha. Beijos, Érika =^.^=
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