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[Críticas] Amazônica Groove
desconexao leitura junho 16, 2019 0
Amazônia Groove (2018), é um
documentário dirigido por Bruno Murtinho sem dúvida traz a vivacidade do povo e
das músicas por este produzido ao mundo de documentários, que por vezes podem
ser monótonos, e parecem ter saído todos da mesma receita de bolo sem
diversidade.
Felizmente de maneira leve,
fluída e única esta receita é subvertida quando são percorridos diversos cantos
e ritmos da Amazônia em uma visão mais intimista, onde o expectador não se sente
intruso, mas sim, incluído nas histórias dos que foram escolhidos para
transmitir essa riqueza cultural.
Mestre Damasceno, Sebastião
Tapajós, Dona Onera, Manoel Cordeiro, gangue do Eletro, Gina Lobrista e Albery
Albuquerque são os músicos que transmitem toda essa diversidade, com seus
depoimentos honestos e uma fotografia simples, mas muito rica essas histórias
são bem contadas e ouvidas.
É impossível não se arrepiar com
a voz rouca de Dona Onera ecoando pela sala de cinema enquanto ela entoa
cantigas para o boto do rio, ou se sentir transportada para o meio da natureza
com a música de Albuquerque que mistura música do homem e a música da natureza.
Incrível também é a poesia nessa história, que vai desde Gina Lobrista vendendo
seus CDs de sofrência na feira até Manoel Cordeiro que conta sua história de
superação á beira do rio e nos deixa ao fim do filme com a belíssima frase:
“quantas músicas cabem nesse rio?” Eu
não sabia responder essa pergunta, e mesmo agora ainda não sei, mas com certeza
quero descobrir, ouvir e sentir essa sinfonia diversa do Norte brasileiro.
Data de lançamento: 6 de
junho de 2019 (Brasil)
Direção: Bruno Murtinho
Cinematografia: Jacques Cheuiche
Produção: Leonardo Edde
Roteiro: Bruno Murtinho, Leonardo Gudel
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