Home Teatro [Teatro] Contos Negreiros do Brasil – A verdade nua e crua
[Teatro] Contos Negreiros do Brasil – A verdade nua e crua
desconexao leitura maio 25, 2019 0
O espetáculo teatral teve sua estreia em 2017, o
espetáculo com o texto de Marcelino freire e direção de Fernando Philbert, ele mexe
nas feridas que muitos julgam está cicatrizada.
No texto se compõe de personagens como um
estudante, um gay, um menor infrator, uma prostituta, uma idosa, entre outros...
em comum a cor - NEGRA – estes personagens ajudam traçar o panorama
histórico-social.
O espetáculo documentário conta sobre a condição de
homens e mulheres de pele preta determina a maneira de como são vistos,
retratados e julgados pela sociedade.
Um teatro que mistura fatos reais, com ficção, interpretação
com pesquisas científicas, ludicidade com explanação teórica, em planos claros
e objetivos.
O espetáculo retrata a desconstrução do mito da
democracia racial brasileira. Se compreendendo se não só da base de pensamento
ético e político, mas também nas subjetividades, mostrando em cenas diversas
linguagens artísticas.
O espetáculo se torna obrigatório para que possamos
entender o que se acomete durante séculos a população negra, que em pleno
século 21, houve pouca mudança. Os negros ainda são os suspeitos nº 1 da
polícia, são os que mais morrem, cometem suicídios, é a grande parcela presa nas
penitenciarias e que sofrem da desigualdade no acesso a educação, saúde,
emprego e a cultura. Não podemos
esquecer que os negros ainda sofrem com o racismo, seja ele estrutural ou
também velado... quando não acontece a intolerância e violência com as
religiões de matriz africana.
O autor de origem pernambucana construiu o texto
através de narrativas com forte carga de oralidade, funcionando como monólogos,
dando o lugar de fala para aqueles que são marginalizados perante a sociedade
brasileira. A carga dramática que está no texto proporciona uma relação direta
entre o ator e o espectador.
Os monólogos funcionam como um jogo bastante
dinâmico com o realismo de dados, já que funciona como uma ficcionalização dos
mesmos.
O
espetáculo segue como uma aula, uma exposição didática, como já dito documental
e através de exposição nas projeções de dados, ativistas da luta negra, fotos
dos artistas e documentos pessoais caros aos artistas ali envolvidos.
Mas também uma valorização da
ancestralidade e religião de matriz africana através das cantigas em yorubá que
os atores cantam durante as cenas, começando cantar para o orixá Exu e
terminando com o orixá Oxalá.
Se percebe que os atores se entregam nessas
narrativas através de sua dramatização, tornando a história contada por eles de
uma forma mais real e poética possível. Isso nos impacta e para aqueles que são
negros se sentem sendo retratados e tendo uma visibilização para as pautas das
questões da população negra que com censo do IBGE houve um crescimento através
da auto declaração étnico-racial.
Ao
final, cada ator se dirige ao público e faz seu depoimento pessoal a partir de
sua condição. Isso faz com que a cena se torna uma afirmativa aos dados
apresentados durante ao espetáculo e se torna emocionante e real em que os
próprios contos encenados. O espetáculo ganha mais sentido porque com a
experiência dos atores repartida ao público de forma empírica, não há
composição de personagens, existe atores sociais.
Ficha técnica
Texto: Marcelino Freire
Direção: Fernando Philbert
Direção Musical: Maíra Freitas
Elenco: Rodrigo França, Marcelo Dias, Aline Borges e Valéria Monã
Cenário e Figurino: Natália Lana
Iluminação: Vilmar Olos
Pesquisa/Texto Descritivo e Iconografia: Rodrigo França
Pesquisa de Cânticos e Idioma Yoruba: YaEreluLolaAyonrinde, Babalorixá Anderson Soares Conceição, Babá Tebeşé Bruno Henrique Silveira Macedo e Professor Fábio França
Assistente de Direção: MeryDelmond
Operador de Luz: Pedro Carneiro
Cenotécnico: André Salles e Equipe
Costureira de Figurino:Zilena Costa
Contabilidade: TA Consultoria e Assessoria Financeira Contábil
Direção de Produção: Sergio Canízio
Direção: Fernando Philbert
Direção Musical: Maíra Freitas
Elenco: Rodrigo França, Marcelo Dias, Aline Borges e Valéria Monã
Cenário e Figurino: Natália Lana
Iluminação: Vilmar Olos
Pesquisa/Texto Descritivo e Iconografia: Rodrigo França
Pesquisa de Cânticos e Idioma Yoruba: YaEreluLolaAyonrinde, Babalorixá Anderson Soares Conceição, Babá Tebeşé Bruno Henrique Silveira Macedo e Professor Fábio França
Assistente de Direção: MeryDelmond
Operador de Luz: Pedro Carneiro
Cenotécnico: André Salles e Equipe
Costureira de Figurino:Zilena Costa
Contabilidade: TA Consultoria e Assessoria Financeira Contábil
Direção de Produção: Sergio Canízio
Realização: Diverso Cultura e Desenvolvimento
Serviço:
Local: Imperator – Centro
Cultural João Nogueira (Rua Dia da cruz, 170 – Méier – Rio de Janeiro)
Apresentação: 17 de maio a 01 de Junho/ sexta e sábado ás
20h e domingo ás 19h
Classificação: 14 anos
Duração: 70 minutos
Ingresso: R$50,00 (inteira) e R$25,00
(meia)
Tata
Boeta
Graduando em Produção Cultura, roteirista,
ator, diretor de teatro/performance, compositor, poeta e bailarino.
ator, diretor de teatro/performance, compositor, poeta e bailarino.
Instagram: @tataboeta
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